Estou no oeste catarinense, na cidade de Chapecó. E o que isto tem de especial? Nada, absolutamente nada. Há algumas cidades que parecem me perseguir. Cidades comuns que não atraem turistas e onde estive por motivos profissionais. Inúmeras cidades médias e pequenas se espalham por este Brasil, com expressão estadual ou apenas regional, mas que movimentam a economia e irradiam desenvolvimento. Chapecó é uma destas cidades.
Na minha primeira passagem por aqui, há cerca de 6 anos, a cidade me pareceu menor. O crescimento é notado facilmente para quem faz parte da vida da cidade, mas passa silencioso para quem é de fora. Imaginando que a cidade seria pacata e demasiadamente tranquila, levei um susto quando fui efetivar a reserva do hotel. As duas primeiras opções estavam lotadas; a terceira tinha apenas um quarto sobrando. Há um evento de suinocultores esta semana e a rede hoteleira está sobrecarregada, ou seja, quase fiquei sem hospedagem.
Impressiona-me como os pólos regionais geram um círculo virtuoso de atividade econômica, algo que passa despercebido para a maioria dos habitantes das capitais. Quando disse que vinha para cá, muitos não tinham a menor ideia onde ficava.
A cidade guarda este aspecto rural, apesar do desenvolvimento. Caminhando na rua, fui cumprimentado por dois senhores com um leve aceno da cabeça, como se fosse um habitante conhecido. O silêncio é notado quando não se escuta o barulho de veículos após às 22 horas. A cidade adormece cedo e deixa o céu estrelado e a lua quase cheia a contemplar as luzes das ruas. Mesmo neste horário, é bom poder caminhar pela rua sem a menor preocupação de ser assaltado. Algo que só uma cidade tranquila pode proporcionar.
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