Centro de Lavras, MG
Nunca foi minha intenção transformar este blog em um blog de viagens, mas o destino quis que nos últimos meses eu me transformasse em um turista jurídico. Tenho conhecido juizados especiais cíveis ao redor do Brasil e nenhum deles despertou-me o interesse suficiente para ganhar um post - ou que merecesse um post. Por outro lado, as cidades sempre merecem uma atenção especial, ainda que de forma divertida, afinal, uma crônica nada mais é do que um relato do cotidiano sob a ótica do cronista.
Lavras fica no sul de Minas, a uma distância de 370 km de São Paulo e 300 km de Belo Horizonte. O caminho é belo e o café é muito bom. Uai, afinal aqui se produz muito café e laticínios. A visão do cafezal aguça o paladar e, ao chegar, logo procurei um lugar para tomar um café. Não me decepcionei.
A cidade, como tantas outras do interiorzão deste nosso Brasil, tem seu ritmo próprio. Achar um restaurante aberto numa segunda à noite não foi tarefa das mais fáceis. E às 22 horas, o comércio que ainda estava aberto, cerrou as portas.
Pouco antes das 10 da noite o silêncio já imperava na rua, como se alta madrugada fosse. Eu trazia nas mãos um potinho de sorvete e caminhava pela praça central da cidade, numa noite quente e agradável, sem qualquer medo ou temor de ser assaltado. Alguns casais ainda namoravam nos bancos de madeira da praça. Alguns hábitos só são possíveis em cidades especiais como Lavras.
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