quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Epígrafe - XI



"Pensou nos ventos da vida, porque há ventos que acompanham a vida: o zéfiro suave, o vento quente da juventude que depois o mistral se encarrega de refrescar, certos ventos africanos, o siroco que te abate, o vento gélido da tramontana. Ar, pensou, a vida é feita de ar, um sopro e basta, respiro, depois um dia a máquina para e a respiração termina."

(Antonio Tabucchi. O tempo envelhece depressa. Trad. Nelson Moulin. São Paulo : Cosac Naify, 2010. p. 110)

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