São Paulo é um mar de luzes que se descortina na noite plácida e fria da primavera. Pequenos pontos luminosos a reproduzir a galáxia de forma invertida. Não olho para cima, mas para baixo é que a cidade iluminada relembra uma noite estrelada no interior, daquelas noites em que não lua a ofuscar o brilho das estrelas.
A cidade é bela e o mar de luzes estende-se até o olhar alcança. O céu é meu ponto de vista da janela do avião rumo a Congonhas. O espigão da Paulista com suas torres coloridas; as avenidas com carros alinhados e algumas tingidas de vermelho. Luzes que formam uma colcha de retalhos que acompanham as curvas suaves do morro que sobe até a paulista e desce rumo ao Centro.
Aos poucos, o emaranhado de luzes perde sua fantasia e a imagem distorcida entra no foco. Surgem edifícios perfeitamente identificáveis e o devaneio de final de viagem se esvai, trazendo-me de volta à realidade com o solavanco dos pneus da aeronave e o barulho intenso dos motores. Estou de volta à minha cidade.
NOTA: Infelizmente estava sem uma máquina fotográfica para captar a imagem, mas a luminosidade da cidade ontem me pareceu diferente e cativante. Estava bela a minha São Paulo.
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