segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ultrapassando limites



O Monumento às Bandeiras é um dos símbolos de São Paulo. Escultura de autoria de Victor Brecheret,  o monumento fica ao lado do Parque do Ibirapuera e retrata os bandeirantes que desbravaram o sertão brasileiro e foram responsáveis pela expansão do território nacional. O monumento amanheceu pichado e pintado com tinta vermelha na última quinta-feira. Uma afronta ao patrimônio público paulista e um daqueles crimes que parecem ser relevados pelas autoridades.

A autoria é conhecida. Um grupo de indígenas que se manifestaram na av. Paulista contra uma PEC (projeto de emenda constitucional) que prevê alterar a competência para a demarcação de reservas indígenas foi a justificativa da manifestação. Terminaram sua caminhada no Monumento às Bandeiras e perpetraram o delito. Revoltam-me profundamente os atos de pichação e depredação de patrimônio público. Manifestação tem limite e este limite foi ultrapassado neste caso!

Na mesma linha é preciso restringir a conduta dos chamados Black Blocs, grupo de mascarados que se autointitulam como anarquistas, mas são na verdade baderneiros sem causa e que lutam contra a ordem estabelecida, ou seja, não seguirão o caminho da legitimidade para levar a cabo as mudanças que propõem. Manifestações que terminam com depredação e violência são uma afronta ao regime democrático e devem ser repelidas - as depredações, é claro. A liberdade de manifestação é ampla, mas quando se ultrapassam os limites da razoabilidade e da ordem, o Estado deve agir e restabelecer a ordem.

Não há causa que justifique a pichação e a depredação do patrimônio público ou privado.


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