Responda rápido: qual a função do Ministério da Pesca?
O leitor inteligente provavelmente responderá algo como desenvolver a indústria pesqueira no país, incentivar a aquicultura comercial, apoiar os pescadores no período do defeso ou outras épocas de proibição legal da pesca e por aí vai.
Todas as respostas acima estão erradas. O Ministério da Pesca e da Aquicultura foi criado para servir de moeda de troca para conquistar apoio para o governo. Em outras palavras, é um belo cabide de emprego concebido pelo ex-presidente Lula. Ontem o cabide foi preenchido por um novo ocupante, o senador carioca Marcelo Crivella. Sua primeira declaração sobre a intimidade com o setor foi: "Não sei colocar minhoca em anzol."
Crivella conhece bem a multiplicação dos pães e dos peixes, agora vai tentar realizar o milagre da multiplicação dos cargos públicos, algo que não é milagre nos últimos 9 anos de governo lulista.
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Continuando nosso tour pelo Brasil abestado, o atual ministro da Educação mostrou toda sua sensibilidade e vontade de trabalhar ao declarar perante o Senado que "o MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e tão diverso." (a notícia inteira pode ser lida aqui e os comentários do Reinaldo Azevedo aqui)
A desculpa esfarrapada de Mercadante não me surpreende. Ele é um daqueles pseudo intelectuais do PT que só se destacou porque a maioria dos seus companheiros não chegou ao ensino superior. Mercadante é um mestre em falar besteira. A frase é de uma estupidez inigualável e uma justificativa para não fazer nada, além de confissão de sua incapacidade para resolver o problema - ou ao menos tentar.
O MEC, sob a batuta de Fernando Haddad, reformulou a legislação do ensino superior no Brasil, com claro retrocesso e centralização. Os cursos de especialização indenpendentes com autorização da Secretaria de Ensino Superior foram proibidos. O MEC obriga agora os cursos de especialização a estarem vinculados a uma faculdade que ofereça cursos de graduação. A miopia é gritante. Graduação é muito diferente de especialização (pós-graduação lato sensu). Por trás desta suposta política democratizante, está um lobby de donos de faculdades fracas, verdadeiras indústrias de diplomas, mas que formam pessoas com nível fraco, basta ver os resultados dos exames da OAB.
Mercadante não tem política para educação, não conhece o setor e não tem proposta. Colocar tablet na mão de professor não resolve o problema. O problema é salário e capacitação para o professor. Professor motivado reflete na melhoria de desempenho dos alunos.
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Por fim, o maior representante do Brasil abestado, o Deputado Federal Tiririca lançou-se como candidato à prefeitura de São Paulo. Preciso dizer algo!
Quero ver um debate entre Chalita, Tiririca, Fernando Haddad, Celso Russomano e Serra. Ah, ia me esquecendo, tem a Soninha também, mas ela vem de bicicleta.
Um comentário:
Muito medo disso tudo.
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