Dias frios têm sido estes das recentes semanas que parecem até congelar a inspiração, escondida debaixo de cobertas bem quentinhas, sem querer sequer botar o nariz para fora. Não sei se é a inspiração que se esconde ou se são os dias mais curtos, o céu cinza, os rostos sisudos e quase cobertos por cachecóis, gorros e chapéus. Dias quase tétricos, onde a luz solar faz falta. Mas parece que este ano está mais frio. Ou o frio parece mais constante.
Parece. Sim, reforço a subjetividade da impressão, pois a memória em temas climáticos é falha e imediatista.
Cheguei à conclusão que sou uma pessoa de clima tropical. Gosto do calor, gosto do sol, gosto dos dias longos. Gosto da luminosidade do inverno e do outono, mas prefiro o sol escaldante do verão e do conforto do ar condicionado. Prefiro as roupas mais vibrantes e coloridas ao tons neutros e soturno do inverno. Prefiro dormir com ventilador ligado a me enfiar embaixo de várias camadas de cobertores. Prefiro o frio só como destino de férias. E por curto espaço de tempo.
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