segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!


Desejo a todos os leitores, amigos, conhecidos e todos que por alguma razão (ou mesmo sem razão) vieram parar por aqui, um Feliz Natal!


Que o Menino Jesus no presépio ilumine nossos dias e que nesta noite, nossos corações se encham de alegria e paz, e que saibamos ser pacientes na esperança, dóceis na caridade e fortes na fé!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Antes, o verão é relançado pela Alfaguara

Inicialmente publicado em 1964, posteriormente adaptado para o cinema com Norma Bengell e Jardel Filho em 1968, Antes, o verão é um delicioso livro de Carlos Heitor Cony, agora relançado pelo selo Alfaguara da Editora Objetiva (9a. edição, 2007).

Cony centra sua trama em Cabo Frio, onde um homem na faixa de seus 40 anos constrói uma casa para passar as férias. O livro é dividido em 3 partes: as areias, o sal e os ventos. Estes elementos castigam a casa, metáfora do castelo, do lar, da vida pacífica. O bombardeio dos elementos naturais equivale ao bombardeio do relacionamento entre Luís e Maria Clara, que desmorona. Claro que simplifico, pois há diversos outros fatores que revelam a complexidade da relação num casal.

O livro é lírico, com escrita fluente e leve. Leitura agradável, apesar do tema conflituoso.

Deixo-os com um pequeno trecho para degustação:

"Hoje, escrevo especialmente para você, retomando um diálogo que bruscamente interromperâmos sem saber o que íamos fazer com as palavras que não chegamos a dizer, sem termos tempo de apagar as palavras que foram ditas e - infelizmente - guardadas e protegidas pelo nosso repentino ódio." (p. 196)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Retrospectiva de Crônicas 2007


O ano chega ao seu final e resolvi fazer uma retrospectiva de algumas das seções deste blog. Comecemos com as melhores crônicas de 2007. Nesta primeira parte, as 10 crônicas mais lidas.








4. Foto














Algumas breves curiosidades sobre estes textos.

A crônica mais lida não me surpreendeu. Foi a mais comentada do blog e talvez a crônica escrita de forma mais intensa e emotiva. É um texto, que quando releio, toca no sentimento, e acho que isto é parte da sua popularidade.

O texto Borboleta Azul foi escrito inspirado numa tatuagem de borboleta azul. Ganhou forma e corpo de forma inversa. O final da estória veio antes do começo. Era preciso encontrar uma justificativa para a tatuagem de modo a poder contar a estória para minha filha. A ficção imitou a realidade, por mera coincidência. Fiquei surpreso - e muito contente - quando uma leitora do blog pediu minha autorização para utilizar o texto num trabalho com crianças. Autorizei e fiquei feliz em poder ajudar.

Poderia divagar sobre cada um dos textos escritos, mas vou parar por aqui. Escrever foi um dos pontos altos deste meu ano. O processo criativo, a inspiração - quase sempre vindo da mesma musa -, a resposta e a interação com o leitor tornaram este processo algo sublime.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Crônica: Um Apelido

UM APELIDO

Osvaldo era o nome dele. Não gostava do seu nome. Desde criança, sentia-se incomodado porque nunca tivera um apelido como os outros meninos e meninas. Seu nome não era propício a este tipo de brincadeira. Alguns apelidos eram infantis, sem dúvida, mas outros permaneciam com a pessoa por toda a vida. Lembrou-se de sua primeira quedinha por uma menina, na pré-escola -pré-primário naquela época. Ela sentava-se na frente dele e tinha longos cabelos castanhos, sempre arrumados num rabo-de-cavalo ou maria-chiquinha. Ninguém a chamava pelo nome completo, a não ser quando levava bronca. Aí vinha o nome com sobrenome. Nada de apelido. Dani. E continua sendo Dani depois adulta. Dani, sim, era um apelido meigo, feminino, carinhoso. Não era pejorativo e criava um certo tom de informalidade. Era divertido chamar os outros pelo apelido. Era um jeito de ser mais um da turma, de fazer parte - e de excluir os de fora também!

Tinha a Cris, o Fred, o Zé, o Marquinhos, o Beto, a Carol...todos amigos e colegas de escola. Na faculdade, os apelidos já eram mais malandros, mais maldosos, e pior que pegavam. Tinha o Jaspion, o Cebola, o Chaminé, o Bacate (derivado de apelido, pois o coitado adorava abacate). Mas para Osvaldo, nada!

Nem o sobrenome dava para abreviar. Era Silva. Bem que o pai poderia ter post um Júnior no nome dele, mas aí ele se chamaria Evilásio. E qual o apelido de Evilásio? Vil? Não ia ficar bem. Evil? Péssimo. Já pensou se ele fosse a um país de língua inglesa com a família. Iam achar que ele era um bruxo ou algo do gênero.

Viveu sempre sem apelido. Ressentido, inconformado. Havia desistido de procurar um, até que um dia, seu netinho tropeçou nas palavras e o chamou de Vavá! Osvaldo encheu-se de alegria. O neto havia lhe dado um apelido e um enorme sorriso. Ganhara com o apelido, uma nova personagem. Encheu-se de si e a partir daquele dia, só deixava que o chamassem de Vavá.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O fim da CPMF

Por incrível que possa parecer, o Senado Federal votou contra a prorrogação da CPMF até 2011. Isto significa que a partir de 1o. de janeiro de 2008, este tributo deixará de incidir. Um imposto a menos e isto é motivo para comemorar.

Não, meus caros, o fim da CPMF não trará o apocalipse como afirma o presidente Lula. O Governo terá agora que fazer o que não fez até agora: governar. Em outras palavras, terá que planejar, terá que implementar o "choque de gestão" propugnado por Lula. Pela primeira este governo terá que enfrentar um problema: a redução de recursos para gastar. Vai ter que economizar e parar de aparelhar a máquina pública e gastar de forma espúria.

Há uma série de pontos positivos nesta votação. Em primeiro lugar, o provisório acabou. Agora sim Lula poderá dizer: "nunca neste país" alguém acabou com o provisório. Estamos fartos de ouvir o discurso de que algo é apenas provisório. E o provisório acaba virando definitivo. Como o rodízio de carros na cidade de São Paulo, o caos aéreo, a crise na saúde brasileira. Torço para que este passo dado, seja o início de uma mudança de mentalidade por parte de nossos governantes. Sou otimista.

A provisoriedade é algo que pode ser comprovado com o Bolsa Família. A função do Bolsa Família é ajudar a retirar famílias da miséria, porém perpetua uma situação de acomodação. Em muitos lugares do país, as pessoas preferem receber o benefício a trabalhar, como todos os demais brasileiros fazem todos os dias.

Em segundo lugar, a arrogância imperial do presidente sofreu um duro golpe. Tenho para mim, que se não fosse o DEM (ex-PFL) - que fez oposição de verdade -, o PSDB teria sucumbido. E lembrem-se, os governadores José Serra e Aécio Neves eram a favor da CPMF e tentaram aprovar a emenda que a prorrogava. O discurso de que a prorrogação da CPMF iria salvar a saúde pública é conversa para boi dormir. Desde a criação da CPMF, o sistema público de saúde em nada melhorou no país. Os recursos da CPMF foram desviados e desvirtuados por vários governos. Não será o caos, pelo menos, não será maior do que já é.

Quem sabe agora o governo não propõe uma reforma tributária efetiva neste país? Quem sabe agora o PSDB não sai de cima do muro e apresenta uma alternativa viável para o país? Quem sabe agora o governo Lula não mostra a que veio?

A vitória foi da sociedade brasileira!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Prêmio Escritores da Liberdade


Agradeço mais esta indicação da Edna. Já estava atrasado para agradecer, mas não esquecido. Estes "agrados" são antes de mais nada uma fascinante mostra de como é possível atingir leitores através da internet e como é possível expressar nossas idéias com liberdade.


A liberdade de expressão é fundamental para qualquer sociedade democrática e faço questão de exercer a minha.


Aqui vai a descrição do prêmio.


"Todos temos blogs pelo fato de gostarmos de escrever. Por prazer, profissionalismo, ou qualquer motivo pessoal. E a maioria gosta de escrever para liberar algum sentimento profundo, seja ele bom ou ruim. Escreve para se encontrar, para analisar a situação depois de algum tempo, ou naquela mesma hora, e também por essa paixão de por tudo no papel. E estou chamando esses blogueiros de Escritores da própria liberdade. Escritores sim, mesmo que amadores, que escrevem suas emoções, que não guardam tudo para si. Que compartilham tudo com pessoas muitas vezes estranhas (entre as conhecidas)... Escritores que admiro muito, por vários motivos, que se destacam de um jeito único, para cada uma das pessoas que os conhecem. Blogueiros que publicam a sua liberdade de expressão.Escritores, que se destacam de um jeito único, para cada uma das pessoas que os conhecem. Blogueiros que publicam a sua liberdade de expressão."


Indico e recomendo a leitura dos seguintes blogs:






terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Dicas da Dani: May J. Blige

Um pouco de música na maravilhosa voz de Mary J. Blige. Be without you é a primeira e a segunda uma versão remixada de One, junto com o U2.





domingo, 9 de dezembro de 2007

Poesia: SAUDOSO

SAUDOSO


Hoje acordei saudoso
Saudoso da minha infância
Saudoso dos tempos das paixões efêmeras
Paixões que se sucediam com as horas
E adormeciam com o pôr do sol

Hoje acordei saudoso
Saudoso de amores passados
Saudoso de sentimentos antigos
Sentimentos que aqueciam a alma
E embalavam os sonhos

Hoje acordei saudoso
Saudoso da ingenuidade
Saudoso de sonhar
Devaneios nos quais esperava
E a esperança nutria a seiva da vida,
E a vida era a esperança.

(24 de março de 2007)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O outro lado do diário


A última crônica que publiquei, Página de um diário, recebeu um comentário muito interessante. Não era bem um comentário, mas sim uma outra versão, de outra perspectiva. Manifestação espontânea que deu vida a um outro personagem da crônica, com nome e sentimento. Primeiro foi só um comentário da , mas agora a crônica apenas ganhou um novo capítulo.

Uma crônica a 4 mãos. Quem sabe esta crônica não continua? Seria um laboratório interessante.

Aqui vai o outro lado do diário, o lado feminino.


"Cíntia sabia que depois de mais uma briga homérica, Roberto ia dormir no sofá. E ela ia ficar naquela cama sozinha, mais uma vez. Toda raiva descarregada naquela hora e meia de briga se transformava em lágrimas doídas. Foram palavras duras de dizer e de ouvir. Mas ela não ia dar a ele o gostinho de vê-la chorar.
Por mais que pensasse, Cíntia não conseguia descobrir onde eles tinham se perdido. Tudo o que ela fazia estava errado. Corria o dia inteiro no trabalho, passava 45 minutos no trânsito pra chegar em casa. Quando mais nova, pensava que sua casa seria seu refúgio. Adorava pensar que seria seu reino, onde poderia esquecer do mundo. Roberto sabia que ela não era a melhor dona-de-casa do planeta. Ela bem que tentava ser, mas nunca era suficiente pra ele. Sempre tinha um detalhe que não estava de acordo: a toalha fora do lugar, a comida que estava acabando na geladeira, a limpeza das janelas que não estava lá essas coisas, até com o cabelo preso ele deu pra implicar.
A lista de reclamações imbecis de Roberto crescia. E o que ela pedia a ele era ignorado solenemente. Cíntia queria a leveza de antes. O cuidado com que ele a tratava anos atrás. Ela lembrou o dia em que eles riram juntos ao abrir a geladeira famintos e só acharam alface murcha, uma lata de ervilhas e meia garrafa de suco. Tudo tinha sido resolvido com o disque-pizza. Sem brigas, sem palavras rudes, sem dor.
Ela já tinha lido e ouvido por aí que a paixão passa depois de sei lá quanto tempo. Provavelmente, a deles já estava com o prazo de validade vencido. Mas será que depois da paixão não sobra nada? Será que era isso? Discussões intermináveis, ironias?
Não conseguia mais ter vontade de fazer um carinho, de dar um beijo na hora que ele chegava. Sentia-se machucada, descuidada.
Onde tinha se escondido todo aquele amor que eles sentiam? O que podia ser feito pra voltar no tempo, consertar toda aquela bagunça? A cabeça de Cíntia não parava. Mil perguntas sem respostas. As lágrimas lavavam seu rosto... mais uma vez, ia dormir naquela cama vazia
."

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Chávez, o democrata

A proposta de reforma da constituição venezuelana foi derrubada, mas agora Chávez mostra a verdadeira face do democrata. Pelo menos, o nosso presidente Lula acha Chávez um democrata. Agora gozando da oposição, Chávez revela sua verdadeira face.

O vídeo é do Bom dia Brasil de hoje.

Será que ele aprendeu com o Marco Aurélio Garcia?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Convite para Bazar


Época de bazares natalinos e aqui divulgamos um para este final de semana em São Paulo, a pedido da Fabiola. A Matrice é uma ação a favor do aleitamento materno.


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Lição da Venezuela

Os eleitores venezuelanos deram uma belíssima lição de como é ser oposição. Derrubaram uma proposta do presidente Hugo Chávez para uma ampla reforma constitucional que lhe daria poderes perpétuos. Propostas de reformas constitucionais rondam também a Bolívia e o Equador. Agora podem esperar para ouvir de alguns que vão querer esfregar na nossa cara que a Venezuela tem democracia, de que Chávez é um líder democrático perseguido pela imprensa conservadora e golpista e blá blá blá.

Confesso que fiquei surpreso com o fato de Chávez acatar o resultado pacificamente. Temia que haveria fraude na eleição e não acreditava que o "não" se saísse vencedor. Mas a surpresa aconteceu.

Quem sabe os nossos partidos aprendem a fazer oposição e não derrubam a CPMF por aqui? Ia ser um ótimo presente de Natal para todos os brasileiros.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Dicas da Dani: Bajofondo Tango Club

Mudando o tom para começar a semana.

Bajofondo Tango Club mistura o tango com música eletrônica, pegando carona na onda do Gotan Project, que faz show amanhã em São Paulo, no Via Funchal.

O grupo é liderado por Luciano Supervielle que tem produção solo também, como poderão degustar no site dele.
O vídeo traz Pa'bailar, do álbum Mardulce (2007).